Monismo

Antibiose

Anti = contra, Bios = vida, portanto, o termo é “contra a vida” e foi o princípio que Sir Alexandre Fleming se utilizou para descobrir a penicilina.

Observou que uma cultura de Stafilococos áureos foi contaminada por fungos Penicilium notatum e, estes produziam uma substância que promovia um halo de lise sobre os Stafilococos ou sua morte e deduziu que o fungo poderia ser utilizado para a cura de doenças causadas por esse microorganismo, surgindo então o primeiro antibiótico que, aplicado em animais doentes, com infecções, promovia a cura. O nome penicilina tem origem do fungo.

Este relato inicial é oportuno para esclarecer um fenômeno natural que ocorre na vida e explica uma infinidade de situações antes desconhecidas.

Primeiro, explicaria a luta entre espécies pela sobrevivência dos mais aptos e hábeis e confirma a teoria de Charles Darwin sobre a evolução das espécies. É por esse motivo que está arraigada na natureza das espécies a condição agressiva que todos os animais exibem em maior ou menor intensidade.

Através da evolução das espécies essa característica atávica persiste e está presente também nos seres humanos que, quando agredidos reagem de forma agressiva, é o caso das mães quando defendem sua prole.

Na forma ainda primária das espécies a natureza promovia alterações morfológicas para se defender e agredir seus predadores, desenvolvendo órgãos adicionais como tentáculos ou venenos mortais e, provavelmente, pelo “fator psi” já referido. Também desenvolviam condições como o mimetismo – formato igual ao meio em que vive – ou simbiose, quando se uniam para combater outros grupos.

Na fase humana, o fenômeno antibiose continua e explicaria a luta de classes e de povos entre si, inicialmente, pela luta individual e posteriormente através de engenhos bélicos cada vez mais sofisticados e arrebatadores como os atômicos, lembrando as bombas lançadas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, numa agressiva luta entre povos, territórios e ideais políticos.

Ainda, a natureza agressiva que observamos nos criminosos e psicopatas, seres humanos que evidenciam o predomínio da condição primitiva, porém são seres que também possuem a fagulha divina e que devem ser tratados com dignidade e, em certos casos devem ser isolados do convívio social.

A condição de lutador e vencedor está impregnada na nossa natureza mas devemos controla-la para vivermos em harmonia social. Esta situação pode ser entendida em outras áreas, como no esporte quando nos identificamos com um time de nossa simpatia e desejamos que ele vença e compartilhamos com euforia nos momentos de vitória ou sofremos nas derrotas.

Extrapolando outras áreas, lembramos que escritores, poetas, artistas, a mídia, poderão, às vezes, levar multidões à luta com grande poder de destruição. É por esse motivo que Jesus nos recomendou: “Dai a Cesar o que é de Cesar”, separar o joio do trigo, ou seja, usar sempre o bom discernimento.

Por outro lado, lembramos os ensinamentos nobres que nos transmitiram os profetas e as “encarnações divinas”.

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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