Monismo

Instinto

No Monismo a presença da alma em todos os seres viventes explica todo comportamento inato desses seres, pois a alma encerra todos os atributos divinos, ou seja: onipresença, onisciência e onipotência.

Pela onipresença, a alma é a fagulha divina presente em todos e a onisciência é a inteligência “Dele” se manifestando na forma de instinto e a onipotência é o resultado da vontade “Dele”.

Esses atributos estão presentes desde o início de todas as criaturas impulsionando sua evolução, proporcionando condições de sobrevivência e manutenção, portanto, os seres são veículos de transporte “Dele”, Deus à sua origem ou à volta do filho pródigo.

A onisciência é o conhecimento pleno presente no átomo, nas constelações planetárias, enfim, no microcosmo e no macrocosmo e é ela que promove o equilíbrio do universo como lei pétrea, pois sem o equilíbrio nada existiria.

Essas explicações justificariam a teoria de Charles Darwin, por exemplo, as descobertas científicas pelos expoentes da ciência como Dalton, Pasteur, Einstein e outros que, na condição de seres humanos demonstraram essa onisciência, tão evidente nessas pessoas. Lembramos as figuras dos profetas e das encarnações divinas, como Jesus, Buda, Ramakrishna, entre outros, que foram a onisciência mesma.

A onisciência explica tudo, deste as descobertas de Darwin até a descoberta da energia nuclear.

Vamos analisar a onisciência atuando no ser humano: quando temos fé, é na alma que se origina essa fé, é vontade ou desejo da alma e, esse desejo desencadeia uma série de eventos e nosso organismo se dispõe à realização desse desejo, mobilizando recursos interiores e ambientais para realiza-lo, as vezes, se utilizando de sua onipotência.

Na atualidade, o cientista Hernani Guimarães Andrade propõe uma teoria muito convincente para explicar esse mecanismo da vontade da alma: propõe a existência de um fator “psi” ou psi-gamma (ESP) – Percepção Extra Sensorial, e psi-cappa ou PK, que é a resultante; simplificando, a ordem oriunda da onisciência ativaria esse mecanismo, que sempre esteve presente nas espécies, desde as formas primevas, quando ainda não existiam os órgãos sensoriais.

A potencialidade se origina de nossa estrutura atômica, pois somos um verdadeiro dínamo e produzimos energia eletromagnética que pode ser direcionada positiva ou negativamente.

A onisciência é que mantém nosso organismo funcionando de forma automática por toda uma vida, acionando funções altamente sofisticadas através do cérebro, com suas sinapses, hormônios, reações bioquímicas e biofísicas, sem que o indivíduo tenha consciência desses eventos.

Essa forma automática, da ação da onisciência, explicaria a maravilhosa conduta materna na atenção e proteção de sua prole, que é observada mesmo em espécies mais inferiores como nos pássaros.

A onisciência atua em várias dimensões, possui a característica de visão transcendental ou superconsciência que alcança o conhecimento cósmico, isto é, conhece tudo, desde as menores partículas do átomo até os destinos do universo e de nossas existências e individualmente traça nossos destinos até nosso retorno à casa do Pai.

No comando de nossas vidas a onisciência está presente em todas as espécies e atua de acordo com o seu grau de evolução e se a espécie ou o ser humano é inferior, poderá agir de forma também inferior com características agressivas, pois a hierarquia é mantida.

Quando atingimos a condição de seres humanos a nossa onisciência é que programa nossa trajetória evolutiva através de vidas sucessivas, portanto, somos nós mesmos que delineamos a roda das reencarnações, imprimindo em nosso corpo espiritual (perispírito) nossas conquistas, resgates e consequências cármicas, pois a contabilidade divina é de máxima precisão, lembrando Lucas 12:7: “Até mesmo os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados”.

Ainda ela (a onisciência) é que controla as bilhões de células do nosso organismo com maestria, controlando suas funções bioquímicas, biofísicas, bem como o catabolismo (excreção); controla, também os bilhões de bactérias que vivem no interior de nosso organismo, compondo a flora normal, chamada saprófita (inofensiva) que ajuda nosso organismo na assimilação e aproveitamento dos alimentos ingeridos numa perfeita simbiose.

Tudo isso ocorre sem que tenhamos consciência e de forma automática. Para finalizar, realçamos a importância da onisciência em nossas vidas e como poderíamos sobreviver sem ela?

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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