Monismo

Mundo Perfeito

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Gostaríamos que o mundo fosse perfeito, que as pessoas e os povos vivessem em harmonia, que não existissem guerras, discórdias, miséria e governantes corruptos. Esta ideia infelizmente é uma grande ilusão!

A explicação é que o planeta Terra é ainda, um plano inferior de existência. Palco de resgates cármicos e experiências evolutivas, onde se processa o burilamento do ser humano, ainda primitivo em grande parte. Existe uma proporção já evoluída que colabora para essa evolução. São pessoas com missões definidas, geralmente vivendo no anonimato, como é o caso de muitos religiosos.

Feita esta colocação inicial, vamos aprofundar nossa análise, primeiramente lembrando que nascemos para que “Ele”, presente em nós, possa se revelar com “Suas” qualidades ou atributos, através deste veículo, muito bem estruturado que é o ser humano. Por esse motivo é que o MONISMO procura esclarecer que vivemos, não para respondermos pelo planeta, mas sim, para trabalhar o nosso interior, onde “Ele” encontra-se. O mundo segue sua destinação e a “Ele” compete essa responsabilidade e não a nós. Portanto, corrigir as distorções sociais não nos compete, mas estamos no mesmo barco, nesse grande projeto divino. Tolerância, paciência e trabalho são as missões das pessoas de bem e não reagir aos desmandos de dirigentes ineptos e irresponsáveis, a eles cabe a Lei de Causalidade (causa e efeito) ou Lei Cármica.

O planeta Terra sempre foi assim. Palco de contrastes, disputas, lutas, destruição e morte, num ciclo bem estruturado por “Ele”. Foi e sempre será assim. Não adianta desejar e idealizar um mundo perfeito. Talvez daqui a quintilhões de anos o planeta adquira maioridade, mas certamente a nós não pertencerá. Partindo do princípio de que uma existência é uma dádiva, devemos aproveitar nosso tempo para nos dedicarmos às nossas vocações, pois é pelo nosso aprimoramento que nossa onisciência vai se manifestando, ensejando a criatividade dessa vocação. É assim que surgem os ícones no campo da ciência, da música, da literatura, da tecnologia, enfim, em todos que exibem criatividade, não esquecendo religiosos, como monges que, mesmo vivendo em clausura, exibem criatividade, lembrando Gregor Johann Mendel, monge agostiniano, botânico, quando em 1865 formula e apresenta as leis da hereditariedade, hoje chamadas “Leis de Mendel”.

É esse lado vocacional que devemos estimular em nossa natureza e não perdermos tempo valioso com futilidades.

Se nós concluímos e aceitamos a presença “Dele” em nós, na forma de semente, que deve germinar e crescer devemos estimular também outras propriedades “Suas” como potencialidade mental, iniciando, com exercícios de meditação que possibilitem o afloramento de nossa onisciência no campo do conhecimento e das percepções sensoriais, ainda adormecidas em nosso cérebro, não detectadas pela ciência.

Paradoxalmente o mundo perfeito já existe para uma boa parte da população que já conquistou valores espirituais e vivem uma relativa felicidade, usufruindo das benesses da natureza e divinizando suas vidas, principalmente aqueles que alcançaram e vivenciam o MONISMO, cuja preocupação diária é visualizar “Deus” em todas as criaturas, convivendo com “Ele” sob todas as formas, pois, desaparecem para eles, as diferenças de cor, raça, religião, condição social, etc. E afastam preocupações com dirigentes corruptos, seres inferiores, agressividade e, principalmente, soluções políticas, econômicas e sociais que a “Ele” pertencem.

Portanto, é possível sim, viver o mundo perfeito dentro de nós.

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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