Monismo

Nos Braços de Morfeu

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Morfeu tem origem na mitologia grega e significa “deus dos sonhos”, filho de Hipnos, deus do sono. E a expressão “nos braços de Morfeu” é a condição de sono profundo.

É o que acontece com a maior parte da humanidade. Estão em sono profundo, no que diz respeito ao conhecimento espiritual, pois para a maioria, o espírito está morto ou não existe.

No mundo ocidental, o sistema materialista é predominante e transformou as pessoas em verdadeiros androides – robôs – programados para trabalhar doze horas por dia, foram transformados em máquinas de produção, para servir a uma minoria que comanda e está no topo da pirâmide população x riqueza. Dominam e escravizam através de uma educação de péssima qualidade que visa somente o conhecimento básico necessário para a produção de pessoal capacitado para operar os serviços que o sistema precisa. A educação através do conhecimento de seus direitos, de suas potencialidades, é totalmente repelido, pois o que precisam são de mentes dominadas e não de seres pensantes e independentes.

Passam-se anos e anos e a distração da maioria é, em vez de um bom livro, um jogo de futebol, em vez de uma peça de teatro, um passeio no shopping, outra meca do universo materialista que escraviza as pessoas, pois as faz querer ter coisas que na maioria das vezes não precisa, levando a busca por mais e mais bens materiais.

Aos domingos a peregrinação aos cultos religiosos, e pronto! Acreditam pagar com isso um pouquinho do seu “pedaço de terra no céu” ou “banindo seus demônios”. Na velhice, aquela pequena aposentadoria que mal provém seu sustento básico produz ainda mais resignação.

E o espírito? Onde fica nesse contexto? Não existe!

Esta situação está levando a humanidade ao caos, pois inverteram a condição de vida programada por Deus, ou seja, uma existência feliz e de muitas realizações, cheia de alegrias.

Nessa altura lembramos a passagem bíblica de Lucas 22:46 – “Porque estão dormindo? Perguntou-lhes. Levantem-se e orem, para que vocês não caiam em tentação”. É o que todos deveriam fazer, pois se aproxima a grande transição do planeta, porque os sinais são evidentes, observamos diariamente as notícias de grandes conflitos sociais regionais, guerras e destruição, resultantes de compromissos cármicos do passado.

Notamos que pouquíssimos estão preocupados. A maioria ainda não acordou para a gravidade do momento e dormem em “berço esplêndido”. Estão anestesiados pela agressividade do sistema, dessa rotina asfixiante do viver para produzir.

Isso com o tempo leva à exaustão e, consequentemente, ao conflito, porque valores morais e espirituais são esquecidos e o respeito e amor ao próximo desaparecem. O jogo de interesses ainda continua prevalecendo e as consequências são imprevisíveis.

Em contraste com o mundo oriental, nós construímos um mundo fictício e caímos numa armadilha sem saída. Nas filosofias orientais encontramos alternativas para nos guiarmos, como os ensinamentos dos “Vedas”, que nos presenteiam com o MONISMO, que é a filosofia que adotamos e que tem nos orientado, para suportar e superar a mediocridade dominante nessa nossa sociedade decadente.

Lembramos que o Budismo indica o CAMINHO DO MEIO a seguir e que nossa natureza é DIVINA, e que devemos procurar DEUS dentro de nós.

A nossa verdadeira morada é no plano espiritual e quando reencarnamos é para termos experiências e para resgatar carmas, outrossim, é para realizarmos alguma missão colaborando com os planos superiores e suas entidades no grande projeto que se chama TERRA. Por esses motivos é que nossa verdadeira casa é no plano espiritual e aqui, no plano terreno, o nosso tempo é curto, limitado, estamos apenas de passagem, neste corpo provisório e frágil, mas apto a nos conduzir (nosso espírito) de forma inteligente e satisfatória para o benefício de evoluir.

No plano espiritual a alma e o perispírito (que é o que dá forma a alma) é que assumem a nossa verdadeira identidade. As almas se movimentam de acordo com sua densidade espiritual, pois existem vários planos de existência.

Entendemos agora porque não devemos nos apegar às coisas materiais, pois são efêmeras e são, tão somente, empréstimos temporários.

As conquistas espirituais são nossa maior herança, aquelas que levamos conosco para os planos espirituais superiores e que vão favorecer a libertação de nossa alma, que é uma célula do grande organismo, o organismo divino!

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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