Monismo

A Unidade na Diversidade

O Monismo esclarece que as diferenças entre pessoas, raças, cor, povos são ilusórias, pois todos são possuidores de um dos atributos divinos, ou seja, a ONIPRESENÇA. Deus somos nós, é tudo que nos cerca, é todo o universo, portanto, devemos visualizar “Ele” através de tudo ou a unidade na diversidade.

Para conseguir essa visão temos que exercitar nossa mente. Primeiro, olhando num espelho e tendo a certeza de que você é Ele, caso contrário, você não poderá reconhece-Lo em outra pessoa, muito menos em outra raça ou cor. Essa conquista é lenta e imprescindível para incorporar em sua natureza psicossomática o princípio da unidade nas diferenças.

Conquistado esse primeiro passo, desaparecem as diferenças entre pobres e ricos, entre brancos e negros, entre feios e bonitos, entre jovens e velhos, enfim, em todas as situações contrastantes, mesmo entre o ser humano bom e o mau, neste último caso associamos o fator tempo, pois uns estão mais evoluídos, outros não. Mesmo em humanos no qual o processo está atrasado, “Ele” está presente e devem ser tratados com dignidade, também são nossos irmãos.

Essa visão unitária deve se estender também aos animais e à toda a natureza, incluindo a fauna e a flora.

É “Ele” mostrando sua face e, quando conseguirmos essa visão, fica fácil conviver com “Deus”, pois “Ele” estará perto de você, à todo instante e o respeito à tudo e todos se estabelece e a divinização da vida acontece para sempre. Você não conseguirá mais viver sem “Ele”. É um estado de beatitude nunca antes vivenciado. Quando conquistamos esse “status” outros atributos vão se incorporando à sua personalidade como a onisciência, que vai se manifestando através de intuições e inspirações. Sua criatividade aumenta e aqueles que exercem uma atividade por vocação, como os músicos, cientistas, escritores, entre outros, terão aumentadas suas conquistas na área específica em questão.

Agora fica fácil entender o que é a unidade na diversidade, entretanto, apenas uma existência é muito pouco para conquistar essa visão. Sorte de quem consegue em uma só existência, mas é muito difícil. Muitas pessoas estão carregadas de compromissos cármicos e não tem condições vibratórias para usufruir dessa benesse da nossa natureza que Deus nos ofertou com muito amor.

Muitos poderão estar pensando: como poderemos visualizar essa unidade num mundo tão conturbado, neste momento, que predomina a morte e destruição? Realmente, o planeta está em fase de transformações, entretanto, lembramos que os problemas do planeta não nos pertencem e sim a “Ele” que tudo corrige, pelas suas leis de equilíbrio. A nós compete trabalhar nosso interior que é o nosso campo de batalha, corrigindo nossas fraquezas e debilidades. Todas as religiões são o caminho, pois todas indicam o burilamento interior para conquistas espirituais.

Quando John Lennon compôs a música “Imagine”, em um momento de inspiração, alcançou a unidade na diversidade, é um exemplo da onisciência promovendo a criatividade, muito explicado nos princípios monistas.

“Imagine não haver o paraíso

É fácil se você tentar

Nenhum inferno abaixo de nós

Acima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoas

Vivendo o presente

Imagine que não houvesse nenhum país

Não é difícil imaginar

Nenhum motivo para matar ou morrer

E nem religião, também

Imagine todas as pessoas

Vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Espero que um dia você

Junte-se a nós

E o mundo será como um só

Imagine que não há posses

Eu me pergunto se você pode

Sem a necessidade de ganância ou fome

Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas

Partilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Espero que um dia você junte-se a nós

E o mundo viverá como um só…”.

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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