Ficamos perplexos quando alguns dados são divulgados na mídia, como o que afirma que 85 pessoas detém metade da riqueza mundial e a outra metade abrange sete bilhões de pessoas (1). Em termos de distribuição de renda isso é uma aberração social. Mas qual a causa para que isso esteja acontecendo? Certamente esta conjuntura se deve à condição ainda primária da população do planeta Terra. Argumentos não faltam, vejamos: primeiro a mínima condição de vida de uma grande parte dos habitantes, miséria e taxas altíssimas de mortalidade infantil. Segundo, educação, ainda temos países com maioria da população com baixa escolaridade. E terceiro, o alto índice de proliferação de doenças, causando uma grande mortalidade. É o panorama geral de um grande número de países africanos, por exemplo, e que é de conhecimento de todos.
Diante desta conjuntura pode-se concluir como estas populações são facilmente manipuláveis e servem de massa de manobra para indivíduos, sistemas de governo e empresas oportunistas que exercem seus domínios explorando essa situação de miséria da população e levando ao agravamento deste quadro.
São políticos espertos, empresários oportunistas, são organizações criminosas e uma infinidade de aproveitadores que agem aliciando estas populações ignorantes sem nenhum escrúpulo e sem encontrar resistência.
Isso confirma o que dissemos anteriormente, a condição ainda primária de grande parte da humanidade é o gerador desta situação.
E qual seria a solução para mudar esta situação? Nenhuma, pois não compete a um ou outro indivíduo corrigir esta situação global, e isso, mesmo que se desejasse não seria possível. Esta é uma obra de “Deus” que é o criador e condutor do universo e de suas criaturas. Com “Seus” atributos vai ao longo dos milênios atuando e corrigindo os desequilíbrios através de “Sua” Lei Maior que é a Lei de Equilíbrio.
De nossa parte devemos fazer nosso melhor, trabalhar e buscar uma qualidade melhor de vida para todos, com honestidade e retidão. As soluções virão com o tempo pois conforme a Lei Maior tudo tende ao equilíbrio.
Devemos nos colocar como expectadores, mas fazendo nossa parte, respeitando o planeta e todos os seres vivos.
A Índia, o berço da filosofia védica que ensina que todos somos “Deus”, as desigualdades são bem visíveis e persistem com o conceito de castas. Uns são dálits, outros brahmanes, um paradoxo nos dias de hoje. Os dálits são tratados como pessoas inferiores e são destinados aos trabalhos mais rudes. Aos brahmanes o tratamento é diferenciado, são a mais alta casta indiana.
As castas foram criadas nos primórdios do país quando notaram diferenças entre grupos de pessoas. Mas sendo a Índia o berço do princípio monista já deveriam ter sanado esta condição vil, que diferencia pessoas e as subjuga.
Lembramos que o descaso com a população mais pobre da Índia nos ensina que princípios religiosos devem ser incorporados na estrutura psicossomática das pessoas e não apenas os rituais repetitivos e vazios. Documentários revelam que meninas de onze ou doze anos são induzidas a se prostituírem pelas próprias mães como única forma de sustento da família (2).
Notas:
1 – Relatório em Davos mostra que 85 pessoas detêm 46% da riqueza mundial – 20/01/2014. Caritas – www.agencia.ecclesia.pt/caritas – acessado dia 26/11/2014
2 – Artigo publicado pela Reuters Brasil – Acessado dia 26/11/2014 http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE8B408E20121205
