Monismo

Família

Família é a célula-mater de uma população, de uma nação e de uma organização social. Podemos afirmar que é muito mais do que as definições citadas e pode ser analisada sob vários aspectos.

Primeiro, a condição gregária (conjunto de vários indivíduos) que aconteceu desde os primórdios das espécies e acontece até agora nas sociedades organizadas, talvez porque é maior a defesa em grupos dos predadores. É interessante observar os pássaros que andam em bando em revoadas a procura de destinos mais amenos ou fuga de agressores. É fácil entender essa aproximação, pois se beneficiam mutuamente.

Na formação de uma família entre seres humanos observamos outras motivações segundo o MONISMO; como nada acontece por acaso, a aproximação dos componentes segue uma predeterminação envolvendo afinidades ou compromissos cármicos que poderiam ser inclusive inimigos de vidas anteriores e a consanguinidade é fator atenuante que favorece a conciliação. A presença de parceiros com afinidades contribui para ajuda mútua na conquista de resgates cármicos e colaboração espiritual.

As afinidades seguem princípios altamente complexos que iniciam antes da reencarnação, inclusive características físicas, psíquicas e sociais. Como opera esse mecanismo de afinidades, Hernani Guimarães Andrade aborda com grande maestria em seus livros, confirmando sua condição de cientista espírita, de reconhecimento internacional.

Hernani relata desde afinidades genéticas até alterações teratogênicas decorrentes de estigmas causados em vidas anteriores, lembrando a passagem bíblica: “Mas não perderão um só fio de cabelo”. Lucas 21:18, quando Jesus revela a exatidão do universo e de nossas vidas.

A decisão de formar uma família é nobre e altamente significativa diante da “Lei Maior” pois é de grande responsabilidade e também um estímulo ao trabalho, ao afeto e à responsabilidade maternal e paternal.

Por esses motivos, criticamos a mídia televisiva que muitas vezes deforma a ideia de “LAR”, de “FAMÍLIA”, distorcendo princípios e condutas e eventualmente servindo de exemplo para as populações menos instruídas.

A sociedade ainda tem um longo caminho a percorrer, começando com a melhor distribuição de renda e ampliação da EDUCAÇÃO, para prover uma vida digna, pois todos nós somos “Ele”, “Deus” e essa máxima lembrada pelo MONISMO deve ser vivida e não apenas teorizada.

Somos ainda muito pequenos diante dessa máxima e a estrutura familiar vai aos poucos se deteriorando lamentavelmente.

Os laços afetivos estabelecidos entre familiares são muito fortes e quando ocorre a separação inevitável da morte, o sofrimento é enorme. Segundo o livro “Diálogos” de Hernani Guimarães Andrade, o período de intermissão (que é a permanência da alma e o perispírito no plano espiritual) é de aproximadamente duzentos e cinquenta anos, entre reencarnações, podendo eventualmente ocorrer em menor tempo segundo necessidades cármicas de cada um. Provavelmente este período enorme de tempo favoreça o desligamento afetivo, pois nossa evolução não pode ficar presa nas amarras de encarnações anteriores.

Quando componentes familiares são inimigos do passado, a aproximação familiar favorece ou não a reconciliação. Com o agravamento, podem surgir disputas pessoais ou jurídicas que as vezes se estendem por um longo tempo.

Por outro lado quando são solidários, aproveitam a existência e aprimoram os laços espirituais.

Geralmente, é no lar que princípios éticos e religiosos são transferidos e são de grande importância na construção de sociedades harmônicas, lembrando Jesus que revela em Mateus 6:33:

“Em primeiro lugar busquem o reino de Deus e a sua justiça e Deus dará a vocês em acréscimo todas essas coisas”.

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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