Monismo

Razão e Convicção

Por definição, razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas e convicção é a certeza baseada em provas ou motivos íntimos.

Pelas definições acima, concluímos que o MONISMO, pelos seus princípios, só poderia ser aceito se houver predisposição conquistada ao longo de várias reencarnações. Do contrário, é impossível aceitar o MONISMO, que é a mais alta concepção deista que a mente humana pode alcançar.

Os princípios básicos do MONISMO residem nas definições de absoluto e relativo, sendo o absoluto como causa e o relativo, efeito.

O absoluto está fora do tempo e espaço e o relativo não, é resultante do tempo e espaço e se constitui na nossa realidade.

O absoluto é um conceito abstrato e o relativo, de natureza concreta, portanto imaginar um conceito “abstrato” é impossível, porém, o “concreto” é viável, pois o percebemos pelos nossos sentidos.

O absoluto figura como causa e o relativo, efeito e pela lei da causalidade (causa-efeito), a nossa existência é real para nós, porém irreal na dimensão do absoluto.

Com essas colocações fica fácil entender que temos dupla identidade: ora somos de natureza do absoluto, pela presença da alma em nós (que é fagulha divina), ora de natureza relativa, com nosso corpo físico e perispírito (que é também de natureza relativa).

Até agora, estivemos colocando fatos básicos do MONISMO através da nossa razão, entretanto, não podemos esperar que tenham também convicção, pois ela é pessoal e íntima, resultante da maturidade espiritual.

Portanto, concluímos que existe uma distância enorme entre razão e convicção. Aqueles que tiverem aceitação íntima do que foi exposto, certamente já compreendem mais facilmente.

Infelizmente, a aceitação do MONISMO para o ocidental é muitas vezes difícil, pois a influência religiosa tradicional e ainda predominante mantém convicções criacionistas, ao contrário do MONISMO que é evolucionista, porém dois terços da humanidade aceita a teoria da reencarnação.

Esperamos que a teoria Monista possa se expandir em nosso meio e colaborar com a valorização da vida, infelizmente tão banalizada.

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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