Monismo

Religião e Religiosidade

religiosidade

A palavra religião tem origem no latim “religieri” e significa religação ou religamento, indicando o caminho e meios para nos religarmos a DEUS, confirmando que estamos temporariamente separados DELE.

Portanto, todas as religiões nos conduzem para o oceano de sabedoria e felicidade. Entretanto, seguir uma religião é incorporar a religiosidade e não apenas se identificar com seu rótulo. Sou católico ou sou evangélico, ou espírita, ou vedanta, ou outra qualquer! Não basta! É preciso viver os princípios religiosos. A maioria das religiões prega o bem, a boa conduta, o amor ao próximo e orienta para os caminhos a seguir.

As religiões se estruturaram seguindo sistemas ultrapassados, que existiam nos primórdios de nossa civilização. Existia um chefe, um imperador supremo que comandava sua tribo, sua comunidade, com determinadas regras e supervisionava através de fiéis subordinados, sobre a população que se submetia e o reverenciava por medo e proteção.

As religiões eram estruturadas nesse modelo imperial e seus líderes se colocavam como representantes de DEUS, comandando fiéis e ditando leis que deveriam ser seguidas incontestavelmente.

Assim foram criadas diversas religiões, que disputavam a hegemonia em seus territórios, o que consequentemente levava a lutas veladas ou declaradas. Construíram templos suntuosos, de acabamentos sofisticados, com objetivo de reproduzir a pretensa superioridade. Seus líderes religiosos se vestiam suntuosamente também e proferiam rituais complexos e de linguagem restrita. E assim resultaram os atuais sistemas religiosos. Cada um defendendo seu DEUS que diferente dos outros, era sempre o melhor. Surgiram então as famosas guerras santas que ainda hoje proliferam no mundo e causam grande sofrimento à humanidade. E neste contexto perguntamos: Será Deus um problema? Ou uma solução? Na verdade, neste quadro de conflitos, Deus, para essas religiões, passou a ser um problema!

É por esse motivo que procuramos apresentar uma alternativa para a humanidade, sugerindo o MONISMO. Que não é uma religião, e sim uma filosofia de vida. Não tem um mandatário e se diferencia na sua estrutura. Nada exige, apenas esclarece que todos somos um, com ELE e tudo é ELE. Ninguém manda, apenas indica as leis da natureza.

Interessante é que algumas religiões orientais não citam DEUS. Como o Budismo e o Taoísmo, portanto não seguem regras pré-estabelecidas, apenas seguem o fluxo da natureza como apregoam.

A religiosidade, realmente, é muito difícil de ser conquistada, pois é tão somente uma luta interior, onde se digladiam o bem e o mal, o certo e o errado, o amor e o ódio, a verdade da mentira. E daí surgem os conflitos, as dificuldades. É muito difícil lutar contra si mesmo! Lutar contra o outro é mais fácil e foi sempre assim. Quase ninguém está disposto a enfrentar essa luta interior, pois requer disciplina, boa vontade, paciência e, como Buda nos recomenda, nessa luta deve-se seguir o caminho do meio, evitando os extremos, como ocorre com os religiosos que se transformam em bárbaros, terroristas, em nome do seu “Deus”, cometendo crimes terríveis.

Lembramos que toda religião promove o bem e prega que já somos ELE, DEUS, pois fomos criados a Sua imagem e semelhança.

Dr. Guaracy Rosa

Dr. Guaracy Rosa

Formado em Odontologia - Professor de Farmacologia - 48 Anos de Carreira Universitária - Integrou Corpo Docente da USP - Doutorado em Farmacologia

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